Neuromarketing: o que é e como aplicá-lo ao marketing de conteúdo

22 de março de 2018


O neuromarketing explica, cientificamente, o nosso comportamento como consumidor. Por vezes, nos tornamos vítimas das estratégias viabilizadas por essa disciplina: ao comprarmos um produto achando “barato”, ao sermos atraídos por um sanduíche na praça de alimentação de um shopping (mesmo sem sentir fome) ou mesmo quando entramos em uma loja que nos magnetiza com o seu cheiro peculiar e com os atrativos da sua vitrine.

Mas o que é neuromarketing? Neuromarketing pode ser definido pela junção de duas áreas de conhecimento: a neurociência cognitiva e o marketing. Os especialistas e pesquisadores utilizam variadas ferramentas e recursos para decifrar os mecanismos recorrentes do cérebro humano quando confrontados com determinados estímulos. Dessa forma, analisam os movimentos faciais e dos olhos, reações involuntárias e até atividades elétricas do cérebro.

No contexto do marketing digital, como o neuromarketing pode auxiliar nas estratégias de atração, relacionamento e encantamento dos leads? Bem, na verdade, essa disciplina se faz essencial, principalmente no contexto de alta competitividade no ambiente online. Algumas perguntas para você refletir: o que faz o seu site ser mais ou menos acessado? O que leva as pessoas a lerem seu conteúdo até o final? Por que seus e-mails são ou não são caracterizados como spam pelo usuário?

Vamos falar sobre o neuromarketing em cada etapa da jornada do consumidor e oferecer algumas inspirações para seu marketing de conteúdo se tornar ainda mais atraente e fascinante para seu público!

neuromarketing conteudo

Como meu blog pode ser mais atrativo e envolvente?

O processo de desenvolver sites fáceis de usar e agradáveis de manipular se chama Website UX (User Experience). O website ideal deve atender as necessidades, entender as limitações técnicas e atingir os objetivos do usuário.

Ao buscar palavras-chave, o Google analisa a UX da sua página de destino. O mesmo ocorre como fator de qualidade que estabelece o Ad Rank (classificação do anúncio). Lembrando que o Ad Rank é determinado pelo valor do lance adicionado à classificação de qualidade, baseada em:

  • Taxa de cliques esperada;
  • Experiência do usuário na página de destino;
  • Relevância do anúncio;
  • Uso de formatos e extensões.

Então, o design do seu blog precisa ser convidativo e “aconchegante”:

  • Design responsivo;
  • Ter letras legíveis;
  • Ser Autodidático;
  • Sugerir ações com imagens;
  • Ter Cores leves e confortáveis, que facilitam a leitura;
  • Possuir Call-to-Action destacado em cada página do site;
  • Não exagerar nas ofertas e promoções.

Lembrando que os princípios básicos para criação do site são: utilidade (adequação às necessidades do usuário) e usabilidade (facilidade de uso).

Falando na importância do layout, já contamos para você neste blog post E-mail marketing design: como criar peças de alto impacto como aumentar as taxas de abertura e clique nas suas campanhas de automação.

Além da estrutura e do layout, o conteúdo é o coração do seu blog. Desvendamos para você como redigi-lo para seu texto se destacar dos inúmeros outros disponíveis na internet!

neuromarketing o que e

Como aplicar o neuromarketing no conteúdo do blog: faça textos chamativos e engajadores

Um bom texto é aquele que desperta emoções no leitor: ele não é feito somente por palavras, mas em sensações peculiares. Então, seus blog posts precisam despertar algo no seu leitor. Quando utilizamos uma linguagem pessoal, fazendo o consumidor se sentir único e importante, a tendência é que ele se sinta envolvido na conversa. Por isso o “você” é tão citado nos artigos, e os e-mails marketing costumam vir personalizados com o nome da pessoa.

O chamado cérebro primitivo, responsável pela maioria das nossas decisões, é totalmente egoísta. Uma empresa que, ao se comunicar com o consumidor, fala apenas dela mesma ou de questões de mercado, não consegue atingir essa parte do cérebro das pessoas. Nos seus textos, considere cada etapa da jornada do comprador.

  • Eduque a pessoa sobre sua necessidade ou problema (fase do conhecimento);
  • Mostre as soluções disponíveis para solucionar seu problema (fase da consideração);
  • Mostre como seu serviço ou produto pode ajudá-la ou fazer bem para ela (fase da decisão).

Nesse sentido, aplique o neuromarketing facilmente utilizando gatilhos mentais atrelados à cada etapa da jornada de compra.

Conheça os principais gatilhos mentais

  • Reciprocidade: as pessoas estão dispostas a retribuir algo que foi feito por elas, por uma forte tendência em querer retribuir àquilo ou àquele que gera valor de alguma forma. A dica aqui é oferecer algo gratuito! Essencial para a fase da atração do lead;
  • Escassez: quanto mais difícil for conseguir determinado objeto de desejo, mais raro e valioso ele é. Mostre que seu serviço não tem tanta disponibilidade assim. Este gatilho é muito utilizado na fase da decisão;
  • Autoridade: as pessoas respeitam e ouvem autoridades. Saber muito sobre um assunto irá aumentar sua confiança e credibilidade. Por isso, quanto mais conteúdo relevante você tiver sobre a sua área de atuação, mais você alcançará seu público em todas as fases da jornada;
  • Comprometimento e consistência: pessoas não gostam de ignorar pequenos ou grandes comprometimentos. Comprometa-se em oferecer uma garantia, por exemplo, para gerar mais confiança. Essa é uma estratégia explorada principalmente na fase de decisão. Se a pessoa precisa apenas de um incentivo de compra, esse pode ser um gatilho importante;
  • Conexão: estamos mais propensos a dizer sim àqueles que simpatizamos e gostamos. Portanto, crie uma relação favorável com a pessoa, isso em todos os momentos. Mantenha uma relação pessoal e próxima ao lead;
  • Prova social: não é novidade que temos necessidade de pertencer a grupos. Mostre que determinadas pessoas também já optaram e gostaram dos seus serviços ou exponha dados concretos disso. Essencial na fase de decisão de compra.

Em seu conteúdo, também não pode faltar o storytelling como aliado (palavra em inglês que está relacionada com uma narrativa e significa a capacidade de contar histórias relevantes). Então, para desenvolver textos encantadores e, até mesmo, virais, tenha sempre um enredo, um protagonista, um vilão (a “dor”), um conflito entre eles e um final feliz. O final feliz é muito importante e fácil associá-lo à marca ou produto. Por fim, seja simples e objetivo.

Como vimos ao longo do artigo, o neuromarketing nos municia com técnicas e estratégias para melhorar a comunicação com o público e obter mais resultados. Dentro desta perspectiva, o desenvolvimento de conteúdo deve ser pensado com foco em um objetivo específico, como a geração de leads, sem esquecer da importância da segmentação. Por isso, aproveite e leia também esse artigo para conseguir produzir conteúdo adequado para cada tipo de lead.