Por que precisamos do neuromarketing?
7 de abril de 2017
Ainda que seja um conceito relativamente antigo, muitos marqueteiros ainda não se valem do neuromarketing. Ele nada mais é do que a aplicação de técnicas de investigação da neurociência na pesquisa de marketing tradicional.
E apesar do nome, ele não é tão complicado.
Por meio de técnicas para medir a atividade do cérebro, as “respostas” dos entrevistados a diferentes estímulos (anúncios, por exemplo) são lidos diretamente da sua atividade cerebral. A Neurociência permite que, por este método, seja medindo o estado emocional quando ao que aparece na tela.
“Temos o cérebro racional, que pensa, o médio, que sente, e o primitivo e instintivo, que toma a maioria das decisões. O que tentamos descobrir é como nos comunicar com essa parte primitiva do cérebro”, afirma Antonio Mimbrero, dono da Salesbrand, uma das primeiras agências de neuromarketing do mundo.
Sabe como o neuromarketing é aplicado na prática?
Bom, com certeza você já passou por situações onde estava sendo influenciado mas nem sequer notou. Olha só um exemplo: o vermelho estimula o apetite. Nas lanchonetes de fast food, essa cor está em logotipos, móveis e embalagens. O consumidor fica com mais fome e come mais rápido, dando espaço para outros clientes.
E os preços que terminam em “R$ 0,99”? Eles não estão assim para tornar o produto mais barato. São “preços psicológicos”, descobertos por estudiosos de neuromarketing e estão ali porque dão a impressão de serem menores. Um produto de R$ 29,99 parece mais perto de R$ 20 do que de R$ 30.
E não é só isso. O neuromarketing pode (e deve) ser usado no Inbound.
O chamado cérebro primitivo, responsável pela maioria das nossas decisões, é totalmente egoísta. Uma empresa que, ao se comunicar com o consumidor, fala apenas dela mesma ou de questões de mercado, não consegue atingir essa parte do cérebro das pessoas.
Por outro lado, se a marca falar sobre como o serviço ou produto pode fazer bem para a pessoa, tornando-a melhor ou mais forte, ela terá interesse.
Para ficar mais fácil aplicar o neuromarketing, você pode fazer alguma dessas perguntas:
Que tipo de emoções os seus artigos de blog mais populares geram? Medo? Alegria? Tristeza?
A ideia é construir uma estratégia digital baseada não apenas em uma linguagem verbal, mas na tentativa de despertar sensações de quem está do outro lado. Use muitos “você” e faça o consumidor se sentir único e importante.
Qual o “final” das suas histórias? Elas são felizes ou só levam até a sua empresa?
O ideal é que o seu conteúdo contenha os elementos principais do storytelling: um enredo, um protagonista, um vilão (a “dor”), um conflito entre eles e um final feliz. O final feliz é muito importante e é muito fácil associá-lo à marca ou produto.
Claro que o pré-requisito para obter sucesso no conteúdo é escrever sobre coisas interessantes.
Não há substituto para isso. Nenhum truque é capaz de enganar os usuários em fazer seu produto ser viral.
Gostou do artigo “Por que precisamos do neuromarketing”? Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com os nossos especialistas, ficaremos felizes em responder.
Carlos Justino é Co-fundador da New Age Marketing e reconhecido como um dos grandes especialistas em Inbound Marketing no país.
Especialista em SEO, neuromarketing, UX, Inbound Sales e Gestão de Projetos. Antes do grande boom da Internet trabalhava com Relações públicas e Marketing de relacionamento em Portugal e Inglaterra.